Difícil e triste falar sobre Yakuza 8 hein... (sim, eu continuarei a usar o nome antigo para simplificar a cronologia).

Anteriormente eu tinha feito uma análise desse jogo cobrindo exclusivamente a história e me arrependi, pois enchi a análise de spoilers e como ela é ruim do meu ponto de vista, deixei de falar das coisas boas do jogo que são muitas.

Para a leitura ficar acessível e para quem tenha interesse em jogar não tomar spoilers desnecessários, eu serei o mais sucinto possível sobre o enredo e darei um destaque mais amplo aos aspectos positivos do jogo.

~Essa Review não terá spoilers~


"Like a Dragon: Infinite Wealth" é uma sequencia do "Yakuza: Like a Dragon" e de certa forma do "Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name", ela continua a história de Kasuga e dos personagem de Yokohama em uma nova trama envolvendo uma questão familiar e a grande dissolução, expandindo o universo de Yokohama ao Hawaii.


Uma melhoria considerável e gigantesca comparada ao Y7, conseguiram fazer a façanha de melhorar algo que já era muito bom e isso é difícil. Durante o combate você consegue andar e procurar o melhor posicionamento na hora de executar seu ataque, o que não era possível anteriormente. Graças as novas mecânicas de recuperação de mana, ataques combinados, dano colateral, dano de proximidade, usar um ataque normal é bem interessante e um contraste ao Y7 que em certo momento do jogo virava um Spam de Skill e Essences (o que não era ruim mas é interessante ter outras opções no combate).

As diversas classes continuam presentes o que dá uma diversidade maior ao combate, e o sistema de escolher habilidades de outras classes foi melhorado, agora é possível selecionar até 5 skills de outras classes para usar durante sua gameplay.

Temos o retorno das cidades anteriores e a nova Hawaii é muito bela. Você consegue usar um "Segway" para explorar a cidade enquanto aprecia a cidade e faz os conteúdos opcionais. Sobre os opcionais a RGG normalmente acerta e aqui não foi diferente, temos os retornos das tradicionais sub-histórias espalhadas pelo mapa e das Dungeons. Os destaques maiores vão para os novos conteúdos, o Sujimon League que é uma especie de Pokémon (?!) e a Dondoko Island que é um minigame de gerenciamento que lembra um Animal Crossing, possivelmente o maior side-content feito até hoje pela RGG.


Ao melhor estilo Super Smash Bros, "everyone is here". Temos o retorno de todos os personagens mais importantes do Y7, alguns que eram apenas de história agora são jogáveis, além do retorno do Kiryu (isso não é um spoiler visto que ele aparece no trailer).

O destaque negativo são os vilões, TODOS são péssimos e sem alma alguma (com exceção de um que acaba virando aliado, esse é o único que se salva). Rasos em seus motivos e personalidades, horríveis no combate, os piores dos piores estão nesse jogo, você com certeza não encontrará em termos de qualidade, um Kuze, Goda, Aoki, além dos dois da saga Judgment nesse jogo.


Péssima, muitas pontas soltas, desconexa e desinteressante...
Me chateia ter que falar isso, visto a excelência que a RGG entregou ao longo dos anos principalmente quando falamos de história. Só jogando para entender, ela não engrena os capítulos vão passando e fica estagnada, um monte de clichês, ela deixa mais ponta solta que o Y5, decisões sem nexo, personagens que em dado momento são dados como importantes do nada SOMEM, "discurso no Jutsu" a dar com rodo, dentre outras decisões questionáveis de roteiro.

É impossível descrever o buraco sem dar maiores spoilers, caso você tenha interesse nos detalhes e nos personagens, recomendo a antiga review[docs.google.com].

A melhor nota aqui seria um Neutro, mas como não consigo sou obrigado a dar um negativo. Cada um avalia o jogo de acordo com sua perspectiva, eu comecei a jogar Yakuza lá atrás por causa da história, o peso que ela tem é muito significativo para mim e logo não consigo relevar ela mesmo com o resto do jogo sendo maravilhoso. É assustador quando você lembra da história de 0, JD, LJ, por exemplo.

Caso história nunca tenha sido um fator relevante em um Yakuza para você eu recomendo esse jogo, caso contrário eu passaria longe...

Essa review é livre de spoilers.

O que acontece se você juntar as bizarrices e piadas de South Park em um game somado ao gênero RPG?
"South Park: The Stick of Truth" é um daqueles RPGs que fogem da regra por ser extremamente escrachado, cheio de coisa estranha e que usa elementos tradicionais desse estilo de jogo. Ele consegue transportar para dentro do game todo o universo South Park com extremo detalhe e carinho, os personagens, os locais, as situações cômicas, o enredo e por ai vai, são inúmeras as referencias. Uma das coisas que você mais vai escutar, é que ao jogar esse game "parece que você esta assistindo a um episódio do desenho", e essa é uma definição perfeita.

Se você não curte piadas pesadas, conteúdo um pouco grosseiro e temas sensíveis, eu NÃO RECOMENDO comprar esse jogo. Você só ira ficar irritado e gastar seu dinheiro a toa, procure outro game se esse for o seu caso :)

Você é um novo garoto que acaba de se mudar para South Park junto de seu pai e sua mãe. Em um belo dia você é recrutado pelas crianças para uma brincadeira imaginária, que se passa em uma terra medieval distante, marcada pelo conflito entre os humanos e os elfos pelo controle do "Bastão/Paú/Cajado da Verdade (Stick of Truth)". Assim começa sua jornada pela salvação de South Park.

Para simplificar podemos dividir a estrutura do gameplay em dois blocos, uma sendo a exploração e a outra o combate:

• Exploração
  Você tem a cidade inteira de South Park a sua disposição, você pode andar pelas ruas livremente e entrar em alguns estabelecimentos e casas. Se você assistiu ao desenho não notará nada diferente, todas os principais locais e casas foram bem portados para o game. Durante a exploração você pode coletar e comprar items, se engajar em algumas lutas, fazer algumas quests e fazer outros opcionais (coletar colecionáveis, fazer amigos no Facebook).
  Existe ainda a opção de Fast Travel em alguns pontos da cidade que facilitam a locomoção.
  
  
• Combate
  No começo do jogo você decide entre 4 classes disponíveis para jogar, elas definem as habilidades que você usará durante o jogo. O combate é feito por turnos como num RPG clássico, você pode atacar com sua arma principal usando um golpe normal ou forte, usar uma arma a distancia, usar uma magia e usar itens de cura (estes não pulam o turno neste jogo).
  Durante o combate você ainda tem o auxílio de um companheiro de party e cada um tem seu conjunto especifico de habilidades, o companheiro pode ser trocado a custa do turno dele, use o que você achar mais legal ou interessante no combate.
  Ainda existem buffs e debuffs que podem ser aplicados em armas principais e a distancia para causar burn no inimigo, lightning, cold, etc.

Aqui é ame ou odeie, se você gosta dos personagens do desenho: OK, caso contrário continuará não gostando. Vale ressaltar a grande variedade de personagens presentes no jogo.


Grande ponto de destaque, é tão boa que você fica sem acreditar que foi feita para um jogo do South Park. Melodias épicas e medievais te acompanharão durante a jornada além de outras um pouco mais animadas. Destaco a música de batalha dos Élfos, do Bardo e do boss final, as músicas são incríveis.


Com uma história completamente louca e insana, somado a uma gameplay simples porém muito satisfatória, com os personagens, com o humor e ambientação de South Park, "Stick of Truth" faz muito com pouco, tudo flui de maneira agradável como se você fizesse parte de um episódio de South Park, pudesse interagir com os personagens e fazer parte da brincadeira de magos contra elfos (você não precisa necessariamente ter assistido ao desenho para aproveitar o jogo, em minha primeira run eu não conhecia nada e mesmo assim consegui aproveitar e dar umas risadas).

Os combates são bem equilibrados, a variedade de armas e equipamentos é muito boa, as suas habilidades e a dos seus amigos de party são muito criativas. Se você já assistiu ao desenho conseguirá pegar várias referencias do game o que é muito legal.

Esse é um daqueles jogos que talvez até te desperte um sentimento nostálgico de quando você era criança e brincava fingindo que era um herói, ou um detetive, ou um policial.

"Stick of Truth" é um dos melhores jogos que já joguei, e fez parte da minha vida em uma época na qual eu nem sequer tinha um computador potente para rodar jogos pesados. Com sua simplicidade ele me entregou uma experiência memorável e divertida da qual eu não me esqueço. 100% recomendado.