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Posted: 1 Oct, 2018 @ 4:24am

Review | Wulverblade

Wulverblade é um Beat’em Up casual e bastante violento, que mostra como a simplicidade pode ser deliciosamente surpreendente. É uma visita certa a nostalgia para quem curte o gênero que era tão famoso nos anos 90 e para quem não curte tanto ainda assim é uma aula de história em forma de diversão com muito sangue e música de qualidade.

O jogo tem como ambientação a Grã-Bretanha em 120 D.C, era em que os Romanos a invadiram, desafiando os celtas e conquistando cada pedacinho de terra, pouco a pouco, com grandes investidas, que trazem a ruína da Bretanha, porém a tribo do bárbaro Caradoc se recusa a desistir, posicionando-se frente aos bretões para derramar seu sangue sem nenhum sinal de medo, para lembrá-los quem são os celtas e que eles fizeram uma escolha errada ao invadir aquelas terras. Acompanhado de seus irmãos Brennus e Guinevere, Caradoc parte em uma jornada histórica, derramando o sangue de seus inimigos e fazendo uma trilha de mortos até o líder da nona legião romana, comandante do ataque à sua terra natal.

A história do jogo é uma narrativa constante. O narrador é um personagem importante, pois ele mostra cada detalhe da jornada em tempo real, transmitindo para o jogador qual a importância de cada nível, cada batalha relevante ou boss fight.

Durante os oito níveis que você enfrenta com Caradoc e seus irmãos, na progressão está envolvido o desbloqueio de vídeos informativos e textos que explicam a relação histórica que cada fase tem com o jogo. Os vídeos são curtos e nada maçantes, trazendo uma riqueza histórica que é uma aula numa forma divertida de aprender, provando que o desenvolvedor do jogo, Michael Heald, fez estudos profundos sobre os acontecimentos abordados no game.

No gameplay, cada irmão tem um estilo de combate diferente. Caradoc possui atributos equilibrados, Brennus é um grandalhão lento, mas que possui uma força descomunal e Guinevere é esguia, porém muito ágil, permitindo que o jogador tenha a liberdade para escolher o personagem que lhe deixe mais confortável para jogar e ao término de cada nível, é possível trocar de personagem, caso queira alternar entre os estilos de combate. Dentre esses estilos de combate a única coisa que deixa a desejar é a falta de um “dash diagonal”, como por exemplo o Cadillacs and Dinosaurs, que permitia que o jogador corresse pela tela em vertical, diagonal e obviamente, na horizontal e em Wulverblade ao segurar o botão para correr, o personagem vai em linha reta na horizontal apenas. Além dos ataques normais que os personagens possuem (ataque “fraco”, aéreo, ombrada com a dash), durante a progressão do jogo é possível encontrar armas no chão que dão a opção do “ataque forte”, o que destrava a possibilidade de combinação entre os dois tipos de ataques para criar combos mais destrutivos e divertidos. Essas armas são lendárias, grande parte delas com uma apresentação histórica por trás. Essas armas ficam nos extras e só aparecem em determinado momento de cada nível. Um desafio a mais para quem é colecionador e quer encontrar todas elas e completar o arsenal. Outros tipos de ataque ficam por conta dos machados, facas e outros itens arremessáveis. O ponto alto da porrada do game fica por conta do modo “rage”, onde o personagem fica invencível e muito mais veloz, realizando ataques brutais. O modo rage é muito útil ao ser cercado, pois além de ajudar a combater a massa de inimigos com mais facilidade, também recupera sua barra de HP gradativamente. Por fim, há a matilha de lobos que pode ser chamada pelos três irmãos. Eles desaceleram o jogo e devastam os inimigos que estiverem na tela.

Os inimigos são repetitivos e não tem uma variedade tão grande deles, o habitual de um beat’em up. Um inimigo comum, um inimigo maior de força bruta e um inimigo local do nível com habilidades especiais. As boss fights tem inimigos elaborados com a história e possuem diferentes ambientes e tipos de batalha. Algo que o jogo sabe administrar de um jeito totalmente diferente. Cada luta contra um boss te apresenta uma dificuldade nova e consegue aprofundar o desejo de continuar jogando até a próxima para descobrir o que te espera.

A trilha sonora do jogo conta com uma empolgante bateria de tambores pesados e gritos de guerra. Uma sinfonia que se adequa perfeitamente ao jogo, alternando entre os momentos de tensão e calmaria de forma orquestrada.

Conclusão: Wulverblade é um jogo que te passa a sensação de uma jogatina hardcore, mesmo sendo um jogo casual e que não demanda tanto tempo para terminar. Com uma campanha que possui a duração ideal, ele chama a atenção para o modo arcade, onde o jogador tem três vidas e três continues, deixando a experiência mais próxima da nostalgia completa. O jogo também possui outros modos que valem a pena ser explorados e com pouco menos de uma hora jogando, a sensação de ter feito um bom negócio o adquirindo é alcançada. É um jogo simples e divertido. Para ser completo, só precisava de um cooperativo online.

Dê uma chance para Caradoc e seus irmãos e embarque nesta jornada histórica e brutal.

Análise feita e fortalecida através do curador do site Lokoo[lokoo.com.br]
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