Uma cidade orgulhosa da sua caça aos monstros agora tinha um monstro caçando seus habitantes, e Pyke não tem a menor intenção de parar.

Amo você meu amoreco ❤️ ~

A seguir vieram os calafetadores, e os primeiros-marinheiros, mercadores, banqueiros... de fato, qualquer um envolvido com o negócio sangrento das Docas da Matança. Um novo nome surgiu nos cartazes de procurados: mil cráquens em troca do infame Estripador das Águas Sangrentas.

Motivado por memórias deturpadas pelas profundezas, Pyke teve sucesso onde muitos falharam-- fazendo o medo surgir nos corações de negociantes inescrupulosos, assassinos e piratas, mesmo que ninguém conseguisse encontrar qualquer menção de um navio chamado Terror já ter atracado em Águas de Sentina.

Um novo anseio tomou conta de Pyke, desta vez pedindo vingança e retaliação. Ele povoaria as profundezas com os corpos daqueles que o traíram.

Em Águas de Sentina, ninguém pensou muito sobre os assassinatos no início; em um lugar tão perigoso, uma maré vermelha de vez em quando não era nada de mais. Mas as semanas se tornaram meses, e um padrão começou a surgir. Capitães de vários navios começaram a aparecer retalhados e ao relento. Nos bares, os rumores eram de que se tratava de um assassino sobrenatural, que sofrera uma traição no mar, e agora buscava vingança estripando todos os membros da tripulação de um navio maldito chamado o Terror. Antes encarada como um sinal de respeito e reconhecimento, a pergunta "Você é um capitão?" se tornou causa para pânico.

Mas esse não foi o fim de Pyke.

Nas profundezas mais desconhecidas do oceano, esmagado pela pressão titânica, e ainda firmemente preso dentro da boca do jaula, ele abriu os olhos mais uma vez. Havia luzes azuis por todo lado, milhares delas, como se o estivessem observando. Ecos trêmulos de algo antigo e misterioso preencheram seu cérebro, esmagando sua mente, mostrando visões de tudo que ele perdeu enquanto outros se deleitavam.

Quando ele começou a trabalhar, uma vibração profunda surgiu do esôfago cavernoso da criatura. Bolhas subiram à superfície do oceano, e um grupo enorme de jaulas começou a pressionar o casco do navio ancorado. O capitão ficou com medo, e cortou a corda que segurava Pyke. A última coisa que o arpoeiro perdido viu antes que as mandíbulas do monstro se fechassem foi o olhar de horror de seus companheiros enquanto o viam ser engolido vivo.

Poucos dias após o começo da jornada, um enorme peixe-jaula apareceu, abrindo sua mandíbula enorme e mostrando seus muitos sacos de safilita. Várias linhas de arpões prenderam a criatura, e, apesar de ser muito maior do que qualquer coisa que ele tivesse encontrado antes, Pyke pulou na sua boca sem hesitar.