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Fiquei curiosa depois de ver que se tratava de um indie brasileiro e, depois de assistir alguns vídeos, achei que parecia bem divertido. Fiquei um pouco receosa pois não tenho tanto costume assim de jogar FPS e outras variações (sou dos jogos Táticos, Clickers, Idle e RPG de turno e, pior ainda, jogadora de controle uhsausahsauhsa), mas vi que tinha modo acessível e resolvi tentar - ainda bem!

Só pela história já achei que valeu a experiência, gostei muito da narrativa e das críticas. Mas no fim das contas, experiência e diversão são o que mais conta, e posso dizer que não me decepcionei com isso em nenhum momento.

Muito pelo contrário, fiz minha primeira playtrough inteira no modo Fácil pra ir acostumando, e depois de algumas horas já consegui começar de novo e finalizar alguns capítulos direto no modo Durão com confiança pra tentar terminar de novo assim. É muito satisfatório mesmo pra quem quer ir aprendendo, subindo a dificuldade aos poucos.

Se você tem curiosidade mas algo do tipo te deixava em dúvida, pode ir sem medo.

GOTY (Gato Of The Year), apenas.

Meu namorado me recomendou namorar o Colonel Sanders e hoje somos um trisal.

Comprei o jogo na pré-venda de maio e esperei os dois delays, como muitos outros jogadores. Estava bem ansiosa pois não possuo um PS4 ou Switch e esta era minha chance de jogar algum Disgaea diferente do 1 e 2 que tenho num antigo PSP. Gastei umas boas horas no demo enquanto aguardava o lançamento. Contextualizo pois minha análise leva em conta o jogo que recebi às cegas, não as decisões comerciais da empresa responsável. Repudio o anúncio tardio das features faltantes, que foi dado quando provavelmente a maioria dos compradores já havia passado do limite do tempo de refund, mas acho justo recomendar o jogo pela minha experiência com o produto em si em vez de afundá-lo em críticas negativas por conta desses acontecimentos.

Sem mais delongas, deixo minhas impressões.

Nunca tive a oportunidade de pegar um título da série além dos dois primeiros e fiquei realmente entusiasmada com o anúncio do port de Disgaea 5 para PCs. Não me considero uma boa jogadora de Disgaea, comparando com o tempo hábil que levo para realizar ações que sei que poderiam levar bem menos tempo nas mãos de alguém mais experiente, apesar de ter boas horas distribuídas entre PS2, PSP, DS e PC do primeiro título; no entanto, me divirto e gosto de aprender novas maneiras de superar os obstáculos que o jogo propõe ao jogador. Pois, meu favorito sempre foi Disgaea 1, caso ainda não tenha ficado claro, mas confesso que no momento estou bem balançada.

A primeira coisa que senti ao jogar essa versão é que aparentemente o modo história está bem mais "newbie friendly". Os tutoriais são bem completos e cobrem funções importantes. A dificuldade da história me parece bem mais equilibrada também, diria "no ponto" para quem quer apenas conhecer a história do jogo sem se compremeter com horas de dedicação para passar de um único mapa mas também mantendo algum nível de desafio. Há muitos sistemas interessantes para o jogador masterizar e manter sua jogatina personalizada e agradável. Apesar de muita novidade para quem vem de outros títulos e aparente muita informação para quem vem do nada, reafirmo que as explicações já presentes no jogo dispensam guias à parte para se familiarizar. É possível dizer que Disgaea é um jogo de experimentação, tentativa e erro. É gratificante descobrir maneiras melhores de realizar a mesma tarefa exaustiva para, enfim, ultrapassar seus próprios recordes da maneira que achar mais divertida.

A história é interessante. Há momentos de tensão seguidos de picos de alívio cômico na medida certa. A série em si é conhecida por seu humor e ironia, e esses pontos principais definitivamente marcam presença na narrativa de Disgaea 5 -- acompanhando uma história mais aprofundada do que parece à primeira vista. Os personagens são bem carismáticos e diversificados dentro do grupo principal. Há momentos de clichês e exageros, mas acredito que conseguimos encontrar mais pontos positivos do que negativos a respeito disso, considerando a maneira como são colocados na história. Talvez alguns jogadores não sejam acostumados com essa "pegada" mais descomedida dos eventos, mas também concordo com a visão de que Disgaea é mais sobre gameplay do que desenvolvimento de narrativa no fim das contas.

• Pontos pretos piscam em amarelo em momento aleatórios.
  
• Às vezes o jogo dá umas "engasgadas" quando jogo com o controle de X360, mas 95% das vezes é bem fluido.

Recomendo o jogo em si sem problema nenhum. Sem sombra de dúvidas um dos mais divertidos que já tive a oportunidade de jogar. A espera de meses valeu a pena, em matéria de diversão. O jogo realmente atende as expectativas e é possível aproveitar muitas horas de jogatina single player, para quem não se importa com os sistemas online faltantes.

Ratifico o que disse nas notas iniciais: a falta de transparência e aparentemente má-fé da empresa com relação às limitações do port me causam ojeriza. Acho válidas, assim, as avaliações negativas de quem se sentiu lesado pela falta dos recursos mencionados. A minha, no entanto, diz respeito ao jogo que recebi sem nem mesmo saber dessas opções e se baseia na experiência positiva que tive com o tal.

Como um título, não consigo não recomendar Disgaea para os fãs do estilo tactics ou pessoas que gostem de grinding.
Com seus sistemas interessantíssimos, bom humor recorrente, uma história cativante e horas e horas garantidas de entretenimento, Disgaea é um dos melhores jogos que já tive a oportunidade de jogar e me diverti muito fazendo - e fazendo de novo, em todas as versões lançadas até o momento.

Destaques

• Muitas possibilidades, como as mostradas no trailer: utilize as classes da maneira como preferir. Guerreiros com magias, magos com pistolas, clérigos com espadas...
  
• Desafiador. Apesar da história em si ser relativamente simples a ponto de, como citado no próprio jogo, poder ser completada com conhecimentos mínimos, você tem a possiblidade de levar tudo aos seus "limites" - e ao tentar fazer isso, verá por que uso essa palavra entre aspas: nível "máximo" 9999 e possibilidade de alcançar vários dígitos de dano em um só golpe. Os melhores itens do jogo requerem muita dedicação para serem conseguidos. Há todo um mundo a ser descoberto e explorado.
  
• Divertido e envolvente. Para os fãs do gênero, certamente um bom jogo. Nem sempre é preciso chegar no campo de batalha e destruir tudo que estiver ao alcance dos olhos. Alguns mapas pedem atenção, posicionamento e estratégia de fato. Em questão de história, temos uma aventura muito interessante envolvendo anjos e demônios, muitas piadas, uma pitada de reflexão e até mesmo algum drama.
  
• Item World. Provavelmente o lugar no qual você vai passar uma boa parte do seu tempo total de jogo. Além de melhorar seus itens, é aqui onde você tem a chance de enfrentar alguns dos inimigos mais poderosos do jogo - e estamos falando de um lugar bem longe dos mapas extras e da história principal. Todo um mundo a explorar, dentro de outro mundo a explorar.

Como notado nas discussões e nas demais análises, eis aqui um ponto polêmico.

Controles
Pessoalmente, gostei muito de poder jogar com o mouse e teclado. Gameplay flui bem de um jeito que nunca imaginei.

Gráficos
Belíssima atualização de texturas da nova interface.

Porém, recomendo fortemente a utilização da interface antiga e filtros desativados. Primeiramente por motivos estéticos, o jogo fica lindo com aquele jeitão retrô. Segundo por motivos técnicos, remover alguns efeitos* diminui consideralmente a chance de encontrar bugs.
* Há muitos relatos de que manter VSync desligado corrige alguns problemas e SSAO por padrão não é possível ligar na interface antiga.

Bugs
Update: A essa altura do campeonato acredito que já resolveram a maior parte dos problemas. Não joguei muito nos últimos tempos mas, pelas pesquisas que tenho feito, acho que o jogo encontrou uma certa estabilidade.

Antigo: Em minha primeira hora de testes, encontrei certa lentidão ao jogar no modo fullscreen ou no modo janela maximizada.
Enquanto estava modificando as opções gráficas no campo de batalhas, obtive um crash.
Relatos coletados do grupo de discussão tem muito mais: somente conseguir 60FPS com controle conectado; alguns usuários relatam não conseguirem usar seus controles, enquanto outros utilizam normalmente; ao utilizar o sistema de "pegar e jogar", a possibilidade de se criar um inimigo novo ao segurar o espaço vazio entre dois aliados... uma pesquisa rápida irá mostrar muito mais problemas.
Em suma, da minha parte, o jogo está jogável. Porém, algumas pessoas simplesmente não conseguem nem fazê-lo rodar.

Recomendo. Disgaea é um ótimo jogo, com infinitas possibilidades e indefinidas horas de gameplay.
No geral, foi uma boa adaptação. Espero que os problemas sejam resolvidos em breve para que mais e mais pessoas possam conhecer este título tão divertido.