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Upplagd: 10 nov, 2021 @ 7:11
Uppdaterad: 24 nov, 2021 @ 12:42
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Resumão esperto pra quem tá com pressa!
Astria Ascending é um RPG em turnos que traz uma nostalgia aos clássicos JRPG’s dos anos 90 como Breath of Fire, Suikoden, Final Fantasy Chrono Trigger e vários outros gigantes. Com uma bela arte, o jogo se mostra convidativo e saudosista, infelizmente o título é, também, regado de problemas técnicos e falha em partes cruciais em seu núcleo. Fiquei muito animado com o que vi sobre o jogo antes de seu lançamento, e digo que de uma forma ou de outra: fui surpreendido!

Senta que lá vem a história!
Uma das primeiras coisas que me chamaram a atenção foi a arte. Belos cenários e Design de Personagens são uma das melhores, senão a melhor, qualidades do título e é agradável navegar pelo mundo aproveitando as belas paisagens e seus habitantes. A trilha sonora também se mostra afável e aconchegante e deixa tudo mais fácil de se digerir.

Mas tu tem poucas horas de jogo, que loucura é essa, Bino?
Infelizmente, caro leitor, Astria Ascending sofre de um problema grave o que o tornou maçante, repetitivo e quase que injogável. O balanceamento dos combates é absurdamente falho, e a falta de algumas mecânicas mais “atuais” fazem com que o jogo e o jogador sofram a cada combate realizado. Dessa forma, por mais que eu tenha tentado me manter jogando, em um ponto não consegui aguentar mais o combate repetitivo e desbalanceado que o jogo apresenta. Não me entenda mal, o sistema de Skill dos personagens é bem extenso e customizável , o que em si é uma ótima ferramenta, porém ela é usada de forma ineficaz e acaba frustrando mais ainda quem já está frustrado. Quem se diverte ao entrar em uma batalha, tomar um “Atordoamento” em todos os personagens e ficar assistindo seus personagens sendo espancados por 3 turnos sem poder fazer nada? Aqui o exemplo . Sim, há formas de contornar isso, mas lembre que isso é bem no “inicio” e o jogador ainda não tem poder aquisitivo para comprar 4 anéis que fornecem imunidade ao Atordoamento. Isso força o jogador a fazer o famoso “Power Play” para juntar dinheiro e poder passar sem muitos problemas pelo cenário. Não é bom forçar o jogador a optar pelo “grind” tão cedo em qualquer jogo. Ter que farmar por quase 1 hora para comprar 4 anéis de imunidade quando ainda se está no nível 8 é maçante.

Eita, mas é só o combate? Tu não curte batalha em turnos não, Docinho?
Gosto sim, Bombonzinho! Mesmo sendo atraído pela estética do combate, as falhas gritam mais alto e conseguiram me afastar do jogo, mas não são só falhas relacionadas ao combate que me desgastaram, algumas outras falhas colaboraram em acabar com a alegria que era jogar o começo da obra.
As missões secundárias começam cedo e, como gosto de completar o maior número possível de missões secundárias, rapidamente foquei em completá-las o quanto antes. Após 1 ou 2 missões secundárias fui perceber que a recompensa era pífia, ao completar uma missão eu recebia algum dinheiro, equivalente à uma batalha de 40 segundos, porém a missão leva ao menos 5 ou 6 passos diferentes para serem completadas, me fazendo gastar de 5 a 10 minutos para completá-las. Com isso em mente resolvi deixá-las de lado e me focar na história principal, talvez elas melhorem ao longo do decorrer da história, não foi o caso, pelo menos até onde parei de jogar.


Complicou! Tem mais problemas ainda?
Gostaria de dizer que não, mas não posso mentir pra você.
O combate e desbalanceamento são os aspectos mais falhos do título, mas ele ainda possui alguns problemas que também contribuíram com o meu “drop”. Um exemplo é a forma em que navegamos pelo cenário, um típico side-scroller charmoso e com belos cenários. O problema reside nos controles da personagem, que se mostram demasiadamente irresponsivos e, em alguns casos, quebrados completamente. Quando um inimigo aparece no cenário o jogador pode atacá-lo para ter uma chance, baixíssima por sinal, de abordar os inimigos de forma inesperada garantindo os primeiros turnos como vantagem, o problema que acontece aqui é que é comum apertar o botão e não ver a animação de ataque ser executada, vezes o ataque acerta e entramos em combate e em outros momentos nenhum ataque é desferido. Outros problemas como engasgos na hora de pular, efeitos sonoros faltando, animação de inimigos em combate não serem executadas, também são comuns, mas não chegam a quebrar o jogo


Nossa, e a trama é boa? Personagens interessantes?
Bem, como disse acima, larguei a obra depois de 18 horas de jogo então não posso dizer nada sobre a trama em sua totalidade, mas o que vi durante essas 18 horas não foi nada espetacular. A história se apresentava de forma linear e previsível, mas tenho que confessar que os diálogos são, no mínimo, medíocres. Os personagens em si se mostram vazios e mal desenvolvidos, além de serem uns babacas em sua maioria.

Terminado o que já deveria ter terminado....
Astria Ascending traz o saudosismo para quem é fã de JRPG’s das antigas e de certa forma entrega o que foi prometido. Infelizmente alguns elementos básicos do título são falhos de uma forma que frustra quem o joga. A repetição e falta de balanceamento foram o suficiente para me afastar do jogo, que em seu núcleo tem boas ferramentas, mas que são mal exploradas e não conseguem brilhar mais que os defeitos.

Antes de terminar
Gostaria de reservar um lugar especial para agradecer a Dear Villagers, distribuidora do título, que nos forneceu uma cópia para resenha.

E aquele piadinha do final? Não vai ter não?
Você me conhece mesmo, hein.
Imagine um RPG onde você tem um personagem que seja o Tank do grupo. Você todo contente chega em um novo distrito e corre para a loja de armas e armaduras. Chegando lá percebe que há um escudo para o seu personagem Tank, ele dá mais defesa e é caro. Sem pensar duas vezes você, gafanhoto inocente, compra o escudo e quando vai equipá-lo com todo orgulho percebe algo estranho… O escudo tem fraqueza contra ataque físico. Só pode ser piada, né!?

Qualquer sugestão, crítica ou comentário são bem vindos contanto que sejam feitos de forma civilizada.

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