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Red Dead Redemption 2 é um jogo pra ser jogado com calma.

Hoje nós estamos acostumados (e muitas vezes nos sentimos pressionados) a consumir mídia o mais rápido possível. São tantos jogos novos que saem todo ano, e tantos jogos que estão à nossa espera, que acabamos muitas vezes correndo pra terminar e poder jogar o máximo de jogos possíveis. Se você for com essa mentalidade para RDR2, vai ser impossível apreciar o seu brilhantismo.

Durante minha primeira vez jogando, eu me desafiei a ir com calma. Raramente ia na velocidade máxima aos lugares. Nunca corria, só andava. Muitas vezes tive sessões de uma ou duas horas, fazendo coisas como simplesmente andar pelo mundo ou caçar um animal lendário, ou ver uma peça, ou ajudar um estranho. Lia os jornais, conversava com cidadãos, ficava no acampamento vendo os membros da gangue interagindo. E foi assim que eu percebi quanto detalhe foi posto neste jogo.

Este não é um jogo pra qualquer um, e não quero dizer isso de forma pejorativa ("Só pessoas inteligentes gostam disso"). É simplesmente uma experiência que é feita pra quem está disposto a tirar o pé do acelerador e apreciar a vista, tirar fotos, explorar cada cabana do lado da estrada, jogar cartas, e se permitir estar imerso nesse mundo. E quando você faz isso, o mundo e a história te recompensam com emoções fortes.

Fazia tempo que eu não chorava com qualquer tipo de arte, e eu não só chorei aqui. Eu desabei, chorei de soluçar, fiquei horas pensando nos finais brilhantes deste conto, com personagens envolventes, multifacetados, e vivos. A história de Arthur Morgan é uma das melhores já contadas em qualquer jogo, e de longe o melhor que a Rockstar já fez. Não é pra qualquer um, mas é uma experiência única praqueles dispostos a apreciar cada detalhe deste clássico moderno.

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